Dos dias 07 a 14 de setembro nosso calendário indica uma campanha de jejum e oração por todos os membros e congregados; adultos, jovens adolescentes e crianças, todos devemos mergulhar neste propósito de “quebrantamento e cura”.

Jejum:
Nas Escrituras, o jejum e oração aparecem como práticas inseparáveis, e revelam uma busca intensa por intimidade com o Senhor. Estas disciplinas espirituais nos levam a uma rendição e dependência total de Deus. Quanto ao propósito espiritual do jejum, entendemos que não é e nem será uma forma de conquistar o coração de Deus, senão um esvaziamento “do eu” para que a plenitude de Deus possa interiorizar em cada um de nós e em nossas igrejas locais.
Lemos na bíblia o profeta Joel conclamando ao povo, (Joel 2.12-13): “Convertam-se a mim de todo o coração, com jejum, com choro e com pranto. Rasguem o coração, e não as vestes.” Afirmamos por este e outros versos bíblicos que o jejum verdadeiro não está ligado a um formalismo, mas ao quebrantamento genuíno do coração perante nosso Senhor.
Igualmente no livro de (Isaías 58.6), Deus corrige o povo que jejuava apenas de forma ritual, deixando evidente que o jejum que Ele aceita é aquele que rompe com as amarras da injustiça e abre espaço para a prática da misericórdia. O jejum genuíno gera transformação e sentimento de misericórdia, transbordando em atos de justiça dentro em nós, em nossa família, em nossa comunidade de fé e em nossa comunidade.

Oração:
A oração é nosso primeiro valor central, e nos conecta com o criador através de um diálogo - nós falamos, e Deus nos fala. (João 10.14: revela; "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem). O verbo “conhecer” no texto é “yada” que significa ter profunda intimidade através não do intelecto, mas da experiência. A oração é o “respirar da alma”. Jesus nos ensina em (Mateus 6.6) a buscar o Pai em secreto, e em (Mateus 6.16-18) a jejuar sem aparência de religiosidade, pois o Pai vê em secreto e recompensa.
Por que nós consideramos estes sete dias de jejum e oração?
A oração é o diálogo vital entre o homem e Deus. O Jejum sem oração pode se tornar apenas dieta, mas jejum com oração é fogo que aquece o coração e abre céus fechados. Nunca em todo tempo necessitamos tanto de clamar a Deus com um coração quebrantado: por nossa nação, por nossas famílias e por nossas igrejas e ministério. Na oração, aprendemos a alinhar nossa vontade à vontade de Deus. No jejum, aprendemos a alinhar a vontade de Deus á nossa vontade e aprendemos a enfraquecer a carne para fortalecer o espírito. Juntos o jejum e a oração, formam uma arma poderosa contra as tentações, como a experiência de Jesus no deserto (Mateus 4.1-11).

Encontramos nas sagradas escrituras algumas respostas diretas à ação de “jejuar e orar”:
  Moisés jejuou por 40 dias no Sinai e recebeu a lei... (Êxodo 34.28).
 Ester convocou o povo ao jejum e oração antes de interceder diante do rei, e Israel teve livramento...
(Ester 4.16).
 Daniel buscou entendimento em jejum e oração, e Deus lhe revelou visões profundas... (Daniel 9.3-23).
 A igreja primitiva jejuava e orava antes de enviar missionários... (Atos 13.2-3)
 Cada exemplo mostra que o jejum e a oração não apenas nos transformam, mas também movem a mão de Deus na história.
O jejum deve ser acompanhado de arrependimento, confissão e humildade. A oração deve ser perseverante, alicerçada na Palavra, e cheia de fé (Tiago 5.16). O verdadeiro fruto do jejum e da oração é intimidade com Deus, transformação de caráter e sensibilidade à direção do Espírito Santo. Jejum e oração são chaves espirituais que nos aproximam do coração de Deus. Eles não existem para dobrar a vontade do Pai às nossas necessidades, mas para alinhar nossa vida à Sua vontade eterna. Disse Jesus: “Esta casta não se expulsa senão pela oração e pelo jejum” (Mateus 17.21). este verso nos lembra que certas batalhas só são vencidas quando estamos dispostos a negar a carne e mergulharmos profundamente em Deus.

Bp. Hernandes Fernandes